terça-feira, 26 de outubro de 2010

COMUNICADO

Dia  12/11/2010 ás 7:30 Acontecerá na escola profissional Antonio Tarcisio Aragão o Projeto de Educação Sexual da escola Murilo Aguiar.
Contamos com a sua Presença!!!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Como Utilizar a Amisinha

1º) Coloque sempre a camisinha antes do inicio da relação, quando o pênis estiver ereto. Aperte o bico da camisinha até sair todo o ar, evite apertar demais para não estragar a camisinha.

2º) Deixe um espaço vazio de 2 cm na ponta da camisinha: ele vai servir de deposito para o esperma. Algumas camisinhas, inclusive, já têm uma ponta especial para esse fim.

3º) Sem deixar o ar entrar, vá desenrolando a camisinha até que o pênis fique coberto. Se ela não estiver bem encaixada ou se ficar ar dentro, a camisinha pode rasgar.

4º) Se a camisinha romper durante a relação, retire-a do pênis imediatamente e coloque uma nova. Tenha sempre várias camisinhas de reserva, embora elas não se rompam facilmente.

5º) Depois de ejacular, retire o pênis enquanto ainda estiver ereto. Quando o pênis começa a amolecer, a camisinha fica frouxa, permitindo que o esperma escape pela parte de cima (o que poderia causar contaminação).

6º) retire a camisinha com cuidado: não deixe que ela escorregue, nem que o liquido seja derramado. Depois de retirada, embrulhe-a em papel higiênico e jogue-a no lixo.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

DST e Gravidez

A gravidez não confere à mulher e seu bebê nenhuma proteção especial em relação às doenças sexualmente transmissíveis, podendo ela
infectar-se pelas mesmas doenças que acometem as mulheres não grávidas. Na gravidez, ao contrário, a mulher fica até mais suscetível à infecções pois, nesta condição, ocorre fisiologicamente (naturalmente) uma diminuição nos mecanismos de defesa do seu organismo.

Os cuidados em relação a uma possível contaminação por alguma DST devem ser redobrados pois, além de preocupar-se com a sua proteção, a mulher grávida deve dedicar-se a proteger também a criança que está sendo gerada, com um outro problema a ser também considerado, que é a limitação ao uso de alguns medicamentos no período gestacional, em razão de potenciais efeitos nocivos sobre o feto.

Muitas DSTs que afetam as mulheres são silenciosas, ou seja, não apresentam sinais ou sintomas, cursando sem a mulher saber que está doente, estando aí mais uma razão da importância da realização de um bom acompanhamento pré-natal.

Possíveis consequências para a mulher:
Uma grávida que "pega" uma DST pode apresentar, as seguintes possíveis consequências tanto para a gestação em andamento quanto para a sua saúde futura: parto prematuro, ruptura prematura da placenta, doença inflamatória pélvica (DIP), hepatite crônica, câncer do colo do útero, infertilidade etc.

Possíveis consequências para o bebê:
A mulher grávida pode transmitir para o seu filho (transmissão vertical) várias doenças adquiridas sexualmente. Essa transmissão pode ocorrer antes, durante ou depois do nascimento.
O vírus HIV e o treponema (agente da sífilis), por exemplo, podem infectar o feto ainda no interior do útero, em razão da sua capacidade de atravessar a placenta.
Outras DSTs, como a gonorréia, clamídia, herpes etc podem ser transmitidas para o bebê no nascimento, no momento de sua passagem pelo canal do parto.
O vírus HIV pode ainda ser transmitido ao bebê após o nascimento, através da amamentação.

As consequências para o bebê podem ser graves: conjuntivite, pneumonia, sepsis neonatal, cegueira, surdez, meningite, hepatite, baixo peso ao nascer, morte (natimorto) etc.

Pré-Natal
Alguns destes problemas podem ser evitados se a mãe faz acompanhamento pré-natal de rotina, o qual deve incluir exames para detecção de DSTs no início da gravidez e, se necessário, repeti-los próximo ao parto. Outros problemas ainda podem ser evitados se a infecção for detectada no momento do parto.

Exames que devem ser feitos rotineiramente no início do pré-natal: sífilis, HIV, Hepatite, além de exames para detecção da gonorréia, clamídia, trichomonas etc

O Ministério da Saúde recomenda que sejam feitos pelo menos dois testes de HIV e de sífilis durante o pré-natal.

Tratamento:
Doenças como a gonorréia, sífilis, tricomoníase, clamídia, assim como as vaginoses bacterianas, podem ser tratadas e curadas com antibióticos durante a gravidez.

Não há cura para as DSTs virais como herpes genital e HIV, mas o uso de medicamentos antivirais podem reduzir os sintomas nas mulheres grávidas.

As mulheres cujas provas de detecção da hepatite B foram negativas, podem receber vacina contra a hepatite B durante a gravidez.

Prevenção:
A maneira mais segura da mulher evitar o contágio de doenças sexualmente transmissíveis é o de ter uma relação duradoura, mutuamente monogâmica, com parceiro sabida e comprovadamente sadio.

As camisinhas, quando usadas corretamente, são muito eficazes para evitar a transmissão do HIV. Da mesma forma, podem reduzir o risco de transmissão de gonorréia e das vaginites ou uretrites não gonocócicas (infecção por clamídia, trichomonas, etc).

As camisinhas podem reduzir também o risco de transmissão de herpes genital, sífilis e cancro mole somente se a área infectante estiver protegida, isto é, recoberta pelo preservativo.

Embora se desconheça precisamente o efeito da camisinha na prevenção da infecção pelo HPV, há trabalhos médicos associando o uso do preservativo a uma taxa menor de câncer cervical, que é, como se sabe, uma patologia relacionada com a infecção por esse vírus.

Já existe vacina contra os tipos 6,11,16 e 18 do HPV, para meninas e mulheres de 9 a 26 anos que não tenham a infecção. A vacina confere proteção contra os tipos de vírus citados acima, os quais são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero e 90% dos casos de verrugas (condilomas) genitais.

Na presença de lesões ativas do herpes genital, uma cesariana pode ser indicada com a finalidade de proteger o recém-nascido de uma possível contaminação na sua passagem pelo canal do parto.

Nos países desenvolvidos, a administração de drogas anti-retrovirais em paciente soro-positivas somados à indicação de cesariana programada e a proibição da amamentação materna reduziram significativamente a transmissão vertical do HIV, com a consequente diminuição da incidência de AIDS em recém-nascidos.

Condiloma ou HPV

Conceito
Infecção causada por um grupo de vírus (HPV - Human Papilloma Viruses) que determinam lesões papilares (elevações da pele) as quais, ao se fundirem, formam massas vegetantes de tamanhos variáveis, com aspecto de couve-flor (verrugas).
Os locais mais comuns do aparecimento destas lesões são a glande, o prepúcio e o meato uretral no homem e a vulva, o períneo, a vagina e o colo do útero na mulher.
Em ambos os sexos pode ocorrer no ânus e reto, não necessariamente relacionado com o coito anal.
Com alguma frequência a lesão é pequena, de difícil visualização à vista desarmada (sem lentes especiais), mas na grande maioria das vezes a infecção é assintomática ou inaparente, sem nenhuma manifestação detectável pelo(a) paciente.

Sinônimos
Jacaré, jacaré de crista, crista de galo, verruga genital.

Agente
Papilomavirus Humano (HPV) - DNA vírus.  HPV é o nome de um grupo de virus que inclue mais de 100 tipos. As verrugas genitais ou condilomas acuminados são apenas uma das manifestações da infecção pelo virus do grupo HPV e estão relacionadas com os tipos 6,11 e 42, entre outros. Os tipos (2, 4, 29 e 57) causam lesões nas mãos e pés (verrugas comuns). Outros tipos tem um potencial oncogênico (que pode desenvolver câncer) maior do que os outros (HPV tipo 16, 18, 45 e 56) e são os que tem maior importância clínica.
O espectro das infecções pelos HPV é muito mais amplo do que se conhecia até poucos anos atrás e inclui também infecções subclínicas (diagnosticadas por meio de peniscopia, colpocitologia, colposcopia e biópsia) e infecções latentes (só podem ser diagnosticada por meio de testes para detecção do virus).
Alguns trabalhos médicos referem-se a possibilidade de que 10-20% da população feminina sexualmente ativa, possa estar infectada pelos HPV.
A principal importância epidemiológica destas infecções deriva do fato que do início da década de 80 para cá, foram publicados muitos trabalhos relacionando-as ao câncer genital, principalmente feminino.

Complicações/Consequências
Câncer do colo do útero e vulva e, mais raramente, câncer do pênis e também do ânus.

Transmissão
Contacto sexual íntimo (vaginal, anal e oral). Mesmo que não ocorra penetração vaginal ou anal o virus pode ser transmitido.
O recém-nascido pode ser infectado pela mãe doente, durante o parto.
Pode ocorrer também, embora mais raramente, contaminação por outras vias (fômites) que não a sexual : em banheiros, saunas, instrumental ginecológico, uso comum de roupas íntimas, toalhas etc.

Período de Incubação
Semanas a anos. (Como não é conhecido o tempo que o virus pode permanecer no estado latente e quais os fatores que desencadeiam o aparecimento das lesões, não é possível estabelecer o intervalor mínimo entre a contaminação e o desenvolvimento das lesões, que pode ser de algumas semanas até anos ou décadas).

Diagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e exame físico). Eventualmente recorre-se a uma biópsia da lesão suspeita.

Tratamento
O tratamento visa a remoção das lesões (verrugas, condilomas e lesões do colo uterino).
Os tratamentos disponíveis são locais (cirúrgicos, quimioterápicos, cauterizações etc). As recidivas (retorno da doença) podem ocorrer e são freqüentes, mesmo com o tratamento adequado.
Eventualmente, as lesões desaparecem espontaneamente.
Não existe ainda um medicamento que erradique o virus, mas a cura da infecção pode ocorrer por ação dos mecanismos de defesa do organismo.
Já existem vacinas para proteção contra alguns tipos específicos do HPV, estando as mesmas indicadas para pessoas não contaminadas.

Prevenção
Camisinha usada adequadamente, do início ao fim da relação, pode proporcionar alguma proteção. Ter parceiro fixo ou reduzir numero de parceiros. Exame ginecológico anual para rastreio de doenças pré-invasivas do colo do útero. Avaliação do(a) parceiro(a). Abstinência sexual durante o tratamento.
Em 2006 foi aprovada pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a utilização da Vacina Quadrivalente produzida pelo Laboratório Merck Sharp & Dohme contra os tipos 6,11,16 e 18 do HPV, para meninas e mulheres de 9 a 26 anos que não tenham a infecção. Esta vacina confere proteção contra os vírus citados acima, os quais são responsáveis por 70% dos casos de câncer do colo do útero (tipos 16 e 18) e 90% dos casos de verrugas (condilomas) genitais (tipos 6 e 11).

Fotos

Condiloma peniano.


Condiloma vaginal.

Hepatite B

Conceito
Infecção das células hepáticas pelo HBV (Hepatitis B Virus) que se exterioriza por um espectro de síndromes que vão desde a infecção inaparente e subclínica até a rapidamente progressiva e fatal.
Os sintomas, quando presentes, são : falta de apetite, febre, náuseas, vômitos, astenia, diarréia, dores articulares, icterícia (amarelamento da pele e mucosas) entre os mais comuns.

Sinônimos
Hepatite sérica.

Agente
HBV (Hepatitis B Virus), que é um vírus DNA (hepadnavirus)

Complicações/Consequências
Hepatite crônica, Cirrose hepática, Câncer do fígado (Hepatocarcinoma), além de formas agudas severas com coma hepático e óbito.

Transmissão
Através da solução de continuidade da pele e mucosas. Relações sexuais. Materiais ou instrumentos contaminados: Seringas, agulhas, perfuração de orelha, tatuagens, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos, procedimentos de manicure ou pedicure etc. Transfusão de sangue e derivados. Transmissão vertical : da mãe portadora para o recém-nascido, durante o parto (parto normal ou cesariana). O portador crônico pode ser infectante pelo resto da vida.

Período de Incubação
30 à 180 dias (em média 75 dias).

Diagnóstico
É feito através de exames realizados no sangue do paciente.

Tratamento
Não há medicamento para combater diretamente o agente da doença, tratam-se apenas os sintomas e as complicações.

Prevenção
Vacina, obtida por engenharia genética, com grande eficácia no desenvolvimento de níveis protetores de anticorpos (3 doses). Recomenda-se os mesmo cuidados descritos na prevenção da AIDS, ou seja, sexo seguro e cuidados com a manipulação do sangue.

Herpes

Conceito
Infecção recorrente (vem, melhora e volta) causadas por um grupo de vírus que determinam lesões genitais vesiculares (em forma de pequenas bolhas) agrupadas que, em 4-5 dias, sofrem erosão (ferida) seguida de cicatrização espontânea do tecido afetado. As lesões com frequência são muito dolorosas e precedidas por eritema (vermelhidão) local. A primeira crise é, em geral, mais intensa e demorada que as subsequentes. O caráter recorrente da infecção é aleatório (não tem prazo certo) podendo ocorrer após semanas, meses ou até anos da crise anterior. As crises podem ser desencadeadas por fatores tais como stress emocional, exposição ao sol, febre, baixa da imunidade etc.
A pessoa pode estar contaminada pelo virus e não apresentar ou nunca ter apresentado sintomas e, mesmo assim, transmití-lo a(ao) parceira(o) numa relação sexual.

Sinônimos
Herpes Genital

Agente
Virus do Herpes Genital ou Herpes Simples Genital ou HSV-2. É um DNA vírus.
Observação: Outro tipo de Herpes Simples é o HSV-1, responsável pelo Herpes Labial. Tem ocorrido crescente infecção genital pelo HSV-1 e vice-versa, isto é, infecção labial pelo HSV-2, certamente em decorrência do aumento da prática do sexo oral ou oro-genital.

Complicações/Consequências
Abôrto espontâneo, natimorto, parto prematuro, baixo peso, endometrite pós-parto. Infecções peri e neonatais. Vulvite. Vaginite. Cervicite. Ulcerações genitais. Proctite. Complicações neurológicas etc.

Transmissão
Frequentemente pela relação sexual. Da mãe doente para o recém-nascido na hora do parto.

Período de Incubação
1 a 26 dias. Indeterminado se se levar em conta a existência de portadores em estado de latência (sem manifestações) que podem, a qualquer momento, manifestar a doença.

Diagnóstico
O diagnóstico é essencialmente clínico (anamnese e exame físico). A cultura e a biópsia são raramente utilizados.

Tratamento
Não existe ainda tratamento eficaz quanto a cura da doença. O tratamento tem por objetivo diminuir as manifestações da doença ou aumentar o intervalo entre as crises.

Prevenção
Não está provado que a camisinha diminua a transmissibilidade da doença. Higienização genital antes e após o relacionamento sexual é recomendável. Escolha do(a) parceiro(a).

Fotos

Lesões no pênis (fase inicial).



Lesões no períneo feminino.



Lesões localizadas no pênis.



Herpes Labial.

Candidíase

Conceito
A candidíase, especialmente a candidíase vaginal, é uma das causas mais frequentes de infecção genital. Caracteriza-se por prurido (coceira), ardor, dispareunia (dor na relação sexual) e pela eliminação de um corrimento vaginal em grumos brancacentos, semelhante à nata do leite. Com frequência, a vulva e a vagina encontram-se edemaciadas (inchadas) e hiperemiadas (avermelhadas). As lesões podem estender-se pelo períneo, região perianal e inguinal (virilha). No homem apresenta-se com hiperemia da glande e prepúcio (balanopostite) e eventualmente por um leve edema e pela presença de pequenas lesões puntiformes (em forma de pontos), avermelhadas e pruriginosas. Na maioria das vezes não é uma doença de transmissão sexual. Em geral está relacionada com a diminuição da resistência do organismo da pessoa acometida. Existem fatores que predispõe ao aparecimento da infecção : diabetes melitus, gravidez, uso de contraceptivos (anticoncepcionais) orais, uso de antibióticos e medicamentos imunosupressivos (que diminuem as defesas imunitárias do organismo), obesidade, uso de roupas justas etc.

Sinônimos
Monilíase, Micose por cândida, Sapinho

Agente
Candida albicans e outros.

Complicações/Consequências
São raras. Pode ocorrer disseminação sistêmica (especialmente em imunodeprimidos).

Transmissão
Ocorre transmissão pelo contato com secreções provenientes da boca, pele, vagina e dejetos de doentes ou portadores. A transmissão da mãe para o recém-nascido (transmissão vertical) pode ocorrer durante o parto.
A infecção, em geral, é primária na mulher, isto é, desenvolve-se em razão de fatores locais ou gerais que diminuem sua resistência imunológica.

Período de Incubação
Muito variável.

Diagnóstico
Pesquisa do agente no material vaginal. O resuldado deve ser correlacionado com a clínica.

Tratamento
Medicamentos locais e/ou sistêmicos.

Prevenção
Higienização adequada. Evitar vestimentas muito justas. Investigar e tratar doença(s) predisponente(s). Camisinha.

Fotos

Lesão localizada no pênis


Balanite


Vulvovaginite

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Cancro Mole


O cancro mole é mais frequente em indivíduos do sexo masculino
O cancro mole é também conhecido pelos nomes cancroide, cancro venéreo e, popularmente, cavalo. É uma doença sexualmente transmissível causada pela bactéria Haemophilus ducreyi ocorrendo, mais frequentemente, em pacientes do sexo masculino, entre vinte e trinta anos de idade.

O indivíduo sintomático apresenta inicialmente uma pequena bolha avermelhada que se rompe rapidamente. Como é bastante contagiosa, dá lugar a outras lesões dolorosas, profundas, de base mole e de borda irregular. Podem surgir ínguas na região da virilha, que se fundem e acumulam pus, que podem ser liberados.

Homens são mais afetados no prepúcio e mulheres, nos grandes e pequenos lábios e colo uterino. Ânus e boca podem, também, ser contaminados, em razão das modalidades oral e anal.

Seu período de incubação varia entre três dias e duas semanas e, para diagnóstico, são feitas análises clínicas e exames com o material secretado. Diferentemente de algumas DST’s, o cancro mole não desenvolve complicações e tem cura total.

Para tratamento, é considerado o uso de fármacos, higiene local e aplicações de compressas com permanganato de potássio diluído ou água boricada. Caso haja inflamações purulentas, o líquido é retirado cirurgicamente. O paciente deve ser acompanhado por cerca de três meses, a fim de verificar se a cura foi efetiva.

Curiosidade: o primeiro relato desta doença nos remete a 1711, em São Paulo, caracterizado por duas lesões cancroides em uma escrava.

Sífilis


Um dos sintomas da sífilis é a presença de feridas na região genital
A sífilis é uma doença infecciosa e contagiosa causada por uma bactéria: a Treponema pallidum. Ela é adquirida, principalmente, via contato sexual desprevenido, com parceiro infectado. Pode ser transmitida de mãe para feto: sífilis congênita.

Conhecer sobre ela é de extrema importância, uma vez que, não sendo curada, pode manifestar complicações sistêmicas e, inclusive, causar problemas como cegueira, paralisia e danos cerebrais.

Seus principais sintomas podem ser confundidos com o de outras doenças sexualmente transmissíveis. Assim, o diagnóstico confirmatório deve ser feito, buscando em amostras de sangue a presença de anticorpos anti-Treponema neste material.

A presença de ínguas na virilha e de pequenas feridas de bordas endurecidas e profundas, ambas indolores, são características da primeira fase. Estas manifestações surgem aproximadamente 15 dias após o contato com a bactéria e, entre três e seis semanas, desaparecem sem deixar cicatrizes. Em razão dessa última característica, o indivíduo pode acreditar que já se curou, deixando de fazer o tratamento.

Quando isto ocorre, após um período de latência que varia entre seis e oito semanas, a doença volta a se manifestar, afetando a pele e órgãos internos de acordo com o grau de comprometimento destes. Dores de cabeça e garganta, mal estar, febre, além de perda de apetite e de peso são alguns sintomas. O surgimento de ínguas em outras regiões do corpo e lesões de pequeno diâmetro, róseas ou violáceas, planas e indolores são outras características da segunda fase desta DST. O indivíduo pode permanecer nesta por tempo indeterminado, pode durar a vida toda.

A fase terciária é, na maioria das vezes, destrutiva e incapacitante. Ela consiste na evolução crônica da doença, apresentando sintomas relacionados aos órgãos mais debilitados por ela, podendo levar à morte.

A sífilis pode ser evitada com o uso da camisinha e tratada com a utilização da penicilina: procedimentos que evitam esta gama de complicações.

Recomenda-se que o infectado não tenha relações sexuais neste período.

Mulheres gestantes ou que desejam engravidar devem fazer o exame, a fim de prevenir uma possível contaminação do bebê.
 
O MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
A automedicação pode ter efeitos indesejados e imprevistos, pois o remédio errado não só não cura como pode piorar a saúde.

Gonorréia

A gonorréia é causada por bactéria e é altamente contagiosa. A bactéria pode entrar no corpo através de qualquer abertura corporal (vagina, boca, reto).

Ela é na maioria das vezes transmitida através da relação sexual. Nos homens, a infecção normalmente começa na uretra (o canal por onde passa a urina). Nas mulheres, a bactéria normalmente infecta primeiramente o colo do útero. A bactéria pode infectar a garganta e o reto após sexo oral e anal.

Um bebê, cuja mãe tenha gonorréia, pode ter seus olhos infectados durante o nascimento ao passar pelo canal vaginal.

Quais são os sintomas?

Você pode ter gonorréia sem ter nenhum sintoma evidente. Quando os sintomas existem, normalmente aparecem entre 2 e 10 dias após a infecção. Eles podem incluir:

- Sensação de queimação ou dor ao urinar
- Vontade freqüente de urinar
- Corrimento turvo e denso do pênis
- Corrimento vaginal turvo, amarelo com odor desagradável
- Dor de estômago (nas mulheres)
- Sangramento menstrual anormal
- Ânus ou reto inflamados (após relação sexual anal)
- Inflamação de garganta (após relação sexual oral)
- Dor no escroto ou testículos.

Se um bebê pegar gonorréia durante o nascimento, um ou ambos os seus olhos ficarão fortemente inflamados.

Como é diagnosticada?

Muitas disfunções e doenças sexualmente transmissíveis podem causar sintomas similares aos da gonorréia. Para confirmar se tem gonorréia, seu médico examinará uma amostra do corrimento da uretra do pênis ou do colo do útero. A urina também pode ser testada com um novo exame chamado LCR.

Como é tratada?

A gonorréia é tratada através de antibióticos, ministrados tanto por via oral quanto por injeções. Devido ao fato de muitas pessoas com gonorréia terem chlamidya (outra doença sexualmente transmissível), talvez deva usar mais de um remédio para curar ambas as doenças. Diga ao médico se é alérgico a penicilina.

Quanto tempo apresenta sintomas?

Os sintomas dependem de há quanto tempo tem a doença, há quanto tempo a infecção foi transmitida e se já teve a doença anteriormente.

Nos homens, se somente a uretra foi infectada, a gonorréia desaparecerá cerca de dois dias após o início do tratamento. No entanto, ainda que os efeitos tenham cessado, a medicação oral deverá ser tomada durante todo o tempo prescrito. Sem tratamento, a uretra pode apresentar cicatrizes acarretando em incapacidade de urinar normalmente ou esterilidade (incapacidade de conceber filhos).

Nas mulheres, se somente o colo do útero for infectado, a gonorréia desaparecerá cerca de dois dias após iniciado o tratamento. No entanto, ainda que os sintomas tenham cessado, a medicação oral deverá ser tomada durante todo o tempo prescrito. Sem tratamento, a bactéria pode se espalhar pelo útero, ovários e trompas de falópio, causando possivelmente esterilidade e doenças pélvicas inflamatórias (infecção nas trompas) e risco de gravidez tubária. Se a bactéria entrar na corrente sangüínea, multiplicar-se e espalhar-se, a gonorréia também pode causar artrite, febre, meningite e morte.

Que cuidados devem ser tomados?

Faça retorno médico em 1 ou 2 semanas, para ter certeza de que a bactéria causadora da gonorréia desapareceu. Alguns cuidados imprescindíveis:

- Tome a medicação durante todo o tempo prescrito, ainda que os sintomas tenham cessado antes de ter acabado a medicação.
- Pare de ter relações sexuais até que seu médico diga que não há mais evidências da doença.

Como prevenir a Gonorréia e as suas complicações

É importante dizer ao(s) seu(s) parceiro(s) sexual que ele(s) está(ão) exposto(s) à gonorréia. Outros cuidados:

- Diminuir o risco de infecção, usando sempre preservativos durante relação sexual.
- Não compartilhar toalhas ou objetos pessoais íntimos que podem conter bactéria

Ainda que você não tenha sintomas, mas tenha tido alguma relação sexual sem proteção (sem preservativo), procure seu médico ou clínica para checar gonorréia ou outras DSTs.

Principais DSTs

Gonorréia: é uma infecção causada por uma bactéria denominada Neisseria Gonorrhoeae. No homem parece uma secreção purulenta 2 a 10 dias após o contato sexual suspeito, com dor e ardência ao urinar. É uma infeção só da uretra (uretrite). Na mulher tem aspecto clínico variado desde formas quase sem sintomas até vários tipos de corrimento amarelados e com odor forte na vagina (vaginite) e uretra. A infecção não tratada avança para os testículos (orquite) e a próstata (prostatite) no homem e trompas e útero nas mulheres.

Sífilis ou Lues : é uma infeção causada por uma bactéria, a Espiroqueta Treponema Pallidum. Tanto no homem quanto na mulher, no período de 20 a 30 dias após o contato sexual, surge uma pequena ferida (úlcera) nos órgãos genitais (pênis, vagina, colo do útero, reto). Essa úlcera também é chamada de cancro duro (que vem junto com os gânglios (caroços) na virilha); ambos desaparecem em um mês, dando a falsa impressão que a doença sarou. Surgem depois de 1 a 2 meses manchas na pele (sífilis secundária) que pode progredir agredindo o sistema nervoso e o coração. As gestantes com sífilis podem ter abortamentos, natimortos ou fetos com problemas de má formação.
Cancro Mole ou Bubão: é causada por uma bactéria chamada Haemophilus Ducrey. Neste caso, surgem várias feridas nos genitais (que são doloridas) e na virilha. A secreção dessas feridas pode contaminar diretamente, sem ter relações sexuais, outras pessoas e outras partes do corpo.

Tricomoníase: é causada pelo protozoário Trycomona Vaginalis. Na mulher causa um corrimento amarelo, fétido, com cheiro típico, que pode causar irritação urinária. No homem passa despercebido, mas mesmo assim ele pode contaminar e ser contaminado pela mulher. O casal deve fazer o tratamento concomitante.

Herpes Genital: é causada pelo vírus Herpes simplex 1 e 2 . Em ambos os sexos surgem pequenas bolhas que se rompem e causam
ardência ou queimação (mas, que cicatrizam sozinhas). Aparecem e desaparecem espontaneamente, reguladas por stress ou ciclo menstrual. Não há cura definitiva. O contágio sexual só ocorre quando as bolhas estão no pênis, vagina ou boca.

Condiloma acuminado ou crista de galo: é causado por um vírus HPV ou Papilomavírus humano. É uma virose que está relacionada com o câncer de colo do útero e câncer do pênis. É uma doença de difícil tratamento, pois como os antibióticos não atuam contra o vírus, o medicamento utilizado precisa ser um anti-vírus, como é o caso dos usados no tratamento da AIDS. É caracterizada por uma pequena verruga nos órgãos genitais tanto do homem como da mulher. O tratamento é do casal. Uma mulher com esse vírus deve evitar ficar grávida, pois o filho pode ser contaminado com graves conseqüências.
Apresentando mais de noventa tipos diferentes, o HPV provoca verrugas genitais, que muitas vezes agridem o colo do útero, podendo levar ao câncer. O HPV 16, por exemplo, é extremamente agressivo, proliferando-se intensamente nos genitais e no colo uterino. Já foram registrados casos até em pacientes de 15 anos, com câncer no colo do útero provocado pelo HPV.

Cândidíase ou Flores Brancas: é uma doença causada por uma micose ou fungo chamada de Candida albicans, que produz um corrimento semelhante a um leite coalhado que causa muita coceira e afeta de 20 a 30% das mulheres jovens e adultas. Surge com a gravidez, com a puberdade, diabetes, stress e uso de antibióticos. No homem causa coceira no pênis, vermelhidão na glande e no prepúcio. Deve se tratar o casal.

AIDS: é uma doença causada pelo vírus HIV (Vírus da imunodeficiência humana), transmitido principalmente pelo esperma, sangue, e leite materno, e há suspeitas de que também pela saliva. O beijo só poderá transmitir o vírus no período que está em alta concentração no sangue de um dos parceiros e o outro tem um ferimento na boca.

Clamidea: causada pela Chlamydia trachomatis é considerada atualmente a doença sexualmente transmissível de maior incidência no mundo, podendo atingir homens e mulheres em qualquer fase de suas vidas, desde quando nascem de mães contaminadas ou durante o contato sexual. Nos homens, a principal infecção por via sexual é a uretrite. Promove em alguns homens disúria (dor ao urinar) e um prurido uretral. Se não identificada e tratada corretamente, pode progredir para uma infecção mais profunda, atingindo os testículos com comprometimento da fertilidade. Nas mulheres, a porta de entrada é o colo uterino. O sintoma, quando ocorre, é um discreto corrimento. As complicações nas mulheres da infecção não tratada, são a doença inflamatória pélvica e o aumento do risco de gravidez ectópica (fora do útero, nas trompas). A maioria das pessoas (50% dos homens e 70% das mulheres) infectada não apresenta sintomas ou sinais clínicos, dificultando muito a identificação das pessoas contaminadas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

O que são DSTs ?


As doenças sexualmente transmissíveis (DST) são causadas por vários tipos de agentes. São transmitidas, principalmente, por contato sexual sem o uso consistente da camisinha, seja feminina, seja masculina, com uma pessoa que esteja infectada e, geralmente, se manifestam por meio de feridas, corrimentos, bolhas ou verrugas. Algumas DST são de fácil tratamento e rápida resolução.

Outras têm tratamento mais difícil ou podem persistir ativas, apesar da sensação de melhora.
Mulheres, em especial, devem ser bastante atenciosas, já que, em diversos casos de DST, não é fácil distinguir os sintomas das reações orgânicas comuns de seu organismo. Isso exige da mulher consultas periódicas ao profissional médico e/ou enfermeiro. Algumas DST, quando não diagnosticadas e tratadas a tempo, podem evoluir para complicações graves e até a morte.

Usar preservativos em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para a redução do risco de transmissão das DST, em especial do vírus da aids. Este também pode ser transmitido pela transfusão de sangue contaminado ou compartilhamento de seringas e agulhas, principalmente no uso de drogas injetáveis. Algumas DST (aids e sífilis) também podem ser transmitidas da mãe infectada para o bebê durante a gravidez, o parto ou a amamentação.

O tratamento das DST melhora a qualidade de vida da pessoa acometida, interrompe a cadeia de transmissão destas doenças e também diminui o risco de transmissão do HIV/aids, pois as feridas nos órgãos genitais favorecem a entrada do HIV.

O atendimento e a terapia são gratuitos nos serviços de saúde do SUS.